[FVM #06] A importância de ouvir a sua audiência 🏴☠️
Você não é Henry Ford ou Steve Jobs; nem eu.
Por conta do feriado e de uma viagem para Amsterdam (em que conheci pessoalmente o meu YouTuber favorito), a newsletter Faça você mesmo 🏴☠️ pulou a última sexta-feira e está sendo enviada excepcionalmente em uma segunda-feira – espero que isso não se repita!
🎧 Para ler ouvindo1: Don’t Think Twice, It’s Alright, por Bob Dylan.
1.
Em 2012, recém-formado em Relações Internacionais (mas sem trabalhar na área), comecei um MBA em Gestão de Negócios. Numa aula sobre Pesquisa de Mercado, um professor cita uma frase supostamente atribuída à Henry Ford:
“Se eu perguntasse às pessoas o que elas queriam, elas teriam dito cavalos mais rápidos.”
Na época, aos 23, eu era um fanboy de Steve Jobs (meu TCC foi sobre a Apple), de modo que, para demonstrar conhecimento sobre o assunto, respondi o tal professor com uma célebre citação do fundador da Apple:
“As pessoas não sabem o que querem até que você mostre a elas. É por isso que nunca confio na pesquisa de mercado.”
De acordo com Jobs, “o problema com a pesquisa de mercado é que ela pode mostrar o que seus clientes pensam de algo que você mostra a eles ou pode dizer o que seus clientes desejam como uma melhoria incremental do que você tem. Mas muito raramente seus clientes podem prever algo que eles nem mesmo sabem que querem ainda.”
Talvez isso funcione (ou tenha funcionado) para a Ford e a Apple, mas a verdade é que nem eu nem você somos Henry Ford ou Steve Jobs; somos CEOs de MEI; no máximo de ME.
2.
Em 2022, dez anos após a aula de Pesquisa de Mercado, eu estava com uma ideia fixa de lançar um curso sobre nomadismo digital; o livro Nômade Digital havia sido publicado em 2019 e, muito de vez em quando (mas o suficiente para eu achar que havia uma demanda da minha audiência), alguém me perguntava se eu tinha ou pretendia lançar um curso do tipo.
Ainda que estivesse bastante inclinado ao tal lançamento, havia uma insegurança da minha parte: o livro, na época, havia vendido pouco mais de 3 mil exemplares (vendeu exatamente 4.753 até 30/06/2024, data do último relatório recebido), de modo que entrei numas de “será que quem comprou o livro comprará o curso?”.
Para tentar entender melhor o cenário, criei um questionário e enviei para a minha audiência por e-mail e nas redes sociais.
Recebi 679 respostas, uma boa amostra, mas com um problema: a ideia de lançar um curso sobre nomadismo digital estava tão fixa na minha mente que induzi as pessoas a responderem o que eu queria nas perguntas; e sequer perguntei se elas já haviam lido o meu livro.
65,5% das pessoas responderam que não eram nômades, mas gostariam de ser; foquei nessa porcentagem e não dei bola para a pergunta mais importante do questionário:
“Qual o seu maior desejo profissional hoje? (Ex: abrir um negócio, ser freelancer, se tornar nômade digital, etc).”
Nessa pergunta, discursiva, os entrevistados puderam, de fato, escrever quais eram as suas maiores necessidades.
O termo “nômade digital” – induzido por mim na própria pergunta – até apareceu com alguma frequência, mas o ouro, que deixei passar batido por conta da minha ideia fixa, estava em termos como “monetizar meu conteúdo”, “ganhar dinheiro na internet”, “fazer home office”, “trabalhar por conta própria”.
Esses termos até fazem parte do universo do nomadismo digital, mas o que eu não percebi na época é que havia uma grande demanda (dentro da minha audiência) por produtos e serviços relacionados à monetização de conteúdo/conhecimento; nem todo mundo queria colocar uma mochila nas costas e viajar pelo mundo sem ter um comprovante de residência em seu nome; a maioria das pessoas queria apenas encontrar maneiras de trabalhar pela internet de maneira autônoma.
3.
Lancei o curso.
Foi um desastre de vendas.
4.
Após dois anos tentando, em vão, vender o curso de nomadismo digital, encerrei as inscrições e voltei para o questionário.
Analisei as 679 respostas uma a uma e resolvi criar um produto personalizado, uma mentoria focada em monetização. A insegurança dessa vez era o preço; eu nunca havia oferecido um produto high ticket no B2C2, mas resolvi arriscar.
Durante o ano de 2024, foram 23 mentorias vendidas, quase 6 dígitos3 de faturamento apenas com este serviço e, mais do que números, ótimos feedbacks. A mentoria mostrou-se um sucesso justamente por conta da personalização do serviço – esse foi até aqui um dos principais feedbacks que recebi dos mentorados.
E aí o que o fanboy de Steve Jobs decide fazer sem antes ouvir a sua audiência? Encerrar a mentoria e lançar um curso no lugar.
5.
Dessa vez o cenário é diferente, mas logo percebi que, mais uma vez, cometi o erro de não escutar atentamente as necessidades da minha audiência – pelo menos levou apenas uma semana e não dois anos.
O curso Faça Você Mesmo que, em tese, substituiria a mentoria Monetize, está cumprindo o seu papel de atender um público que não tem condições de investir R$ 3.582,00 em um serviço personalizado, porém, algo que eu não havia previsto aconteceu: ainda que as vendas do novo curso estejam indo muito bem, na primeira campanha de e-mail enviada, recebi quase dez respostas de pessoas implorando por uma última vaguinha na mentoria.
A resposta dessa vez não estava tão clara no questionário – que foi feito em 2022 e precisa ser atualizado –, mas, entre outras coisas, faltou um olhar atento em um item importantíssimo:
Como esse serviço não é escalável e depende do número de horas disponíveis que tenho na minha agenda, basta eu focar nesses 10,5% do gráfico; e, como diz o título justamente da edição em que anuncio o fim da mentoria, uma comunidade fiel vale mais que 1 milhão de seguidores 🏴☠️.
🗺️ Recalculando a rota: a Monetize voltou!
Bom, a voz do povo é a voz de Deus.
Abri mais cinco vagas para a Mentoria Monetize com início imediato (ou a partir de 2025; você que manda).
Das cinco vagas, uma já foi preenchida nos bastidores antes de eu divulgar.
A Mentoria Monetize é para quem tem um projeto (ou uma ideia de projeto) e busca monetizar o seu conhecimento/conteúdo.
Se você é familiarizado com o meu trabalho, já deve ter percebido que não tolero bullshitagem, de modo que durante a Monetize buscaremos, juntos, formas realistas para você ganhar dinheiro na internet sem precisar romper com os seus valores pessoais.
Durante 6 meses você terá acesso ao meu cérebro; e às estratégias que utilizo e/ou já utilizei para vender o meu conhecimento/conteúdo na internet.
A novidade é que adicionei mais uma forma de pagamento: estou oferecendo R$ 582 de desconto para pagamentos à vista via pix: ou seja, de R$ 3.582,00 por R$ 3.000,00 – basta fazer a transferência para a chave eu@matheusdesouza.com e enviar um e-mail no mesmo endereço com o comprovante de pagamento.
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🏴☠️ Faça Você Mesmo (em pré-venda) – de R$ 1.582,00 por apenas R$ 791,00; em até 12x.
🧠 Para ler, assistir e ouvir
O próximo convidado do Clube Passageiro é ninguém mais ninguém menos que o escritor ; falaremos sobre processo criativo.
Caso você tenha interesse, criei uma cópia do formulário que enviei para a minha audiência. Faça a sua própria cópia aqui.
Eu sou uma propaganda enganosa; esse texto da é das melhores coisas que li no Substack nos últimos tempos.
Tendências de 2025; via .
Criar como um meio e um fim; episódio de Tudo que Importa, o podcast da , com (no papel de convidado).
Para quem trabalha em home office: um tour pelo escritório minúsculo e funcional do Arthur Miller para servir de inspiração.
Imagine que você está em Tóquio, nos anos 1970, e resolve dar uma passada no bar de jazz de um jovem Haruki Murakami durante o fim da noite. Essa seria a trilha sonora.
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Falando de negócios, você já fez alguma burrada baseada única e exclusivamente em algum achismo seu?
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No modelo B2C, ou “Business to Consumer”, você vende diretamente para o consumidor final; diferente do B2B, ou “Business to Business”, quando você vende para outras empresas – meu caso com treinamentos in company.
curti demais você dividir esse insight de ter influenciado sua pesquisa de mercado na pesquisa do curso sobre nomadismo digital!
Eu fico muito (muito) feliz de ter sido o quase último mentorado do Matheus, mas que no fim, contribuiu para que ela não morresse ❤️. Você ainda tem muito a contribuir com essa mentoria, Matheus. Keep walking. E não vejo a hora da nossa primeira call 🤩