A notificação chegou bem na hora que eu tava com o celular na mão e já aproveitei pra me atualizar na newsletter 💅🏾
Te contar que tenho percebido esse movimento de ser dono do próprio negócio e de ter mais liberdade artística MUITO forte com as mulheres do trap/rap nacional, como a Ebony ou Ajuliacosta — essa, inclusive, que deixa bem explícito no SET AJC 2 que não vai entrar em gravadora e vai montar a própria firma pois gangstas fazem assim (✨), além de avisar em outro som que a gravadora vai deixar você na geladeira e que é bom ficar esperta com isso.
Acho, inclusive, que a cultura hiphop anda de mãos dadas com o punk quando o assunto é colaboração e faça você mesmo. É genuinamente bacana ver artistas independentes apoiando uns aos outros porque eles têm ciência de que crescer sozinho não é sustentável pro todo.
Quando eu tava no início da vida adulta acho que ligava mais pra engajamento, likes e afins do que agora. Hoje, só quero postar foto de coruja no Instagram, ir pra Floripa (dessa vez pra morar) e tentar ver se arranjo o privilégio de sumir no meio do mato caso os planos de “dar certo” que ainda não sei quais são deem certo de verdade. Pensando em empreender mais do que antes, ainda não sei como, nem sei se suportaria a ansiedade de não ter uma renda fixa, mas aí só arriscando esse caminho das pedras mesmo pra dizer…
Ah, que massa o seu comentário, Eduarda. Legal saber que isso tem rolado também no trap/rap nacional – não é algo que eu acompanhe, mas faz sentido justamente por conta do que você falou sobre os gêneros andarem de mãos dadas; em ambos os casos os artistas, geralmente, vêm da periferia, da classe trabalhadora.
Aproveitando o texto e o tema de DIY, gostaria de recomendar dar uma pesquisada no músico mineiro e fundador da banda Lupe de Lupe: Vitor Brauer. É um dos artistas que mais fazem o rolê DIY acontecer de fato. Ele tem vários projetos, nenhum grande, mas consegue colocar todos pra tocar, fazer turnê pelo Brasil inteiro, mesmo que isso signifique viajar em um carro popular cortando o país. Além de, claro, ter uma base muito forte de fãs. Agora ele está em um projeto no qual ele irá morar por pelo menos 4 messes em cada capital do Brasil, e então gravar um disco para cada capital. Até agora ele já morou/lançou Maceió, RJ e Goiânia.
Respondendo ao call to action: fiz um post no LinkedIn uma vez pensando em alcance. Tinha uma imagem impactante, uma opinião polêmica e história de vida. Nada de lição de moral, só empacotei o que eu achava de um jeito que tinha "appeal". Resultado: viralizou e eu passei as duas semanas seguintes escrava de responder comentários e DMs, além da ansiedade de ficar checando o LinkedIn (que eu detesto) a cada 10 min pra ver se tinha mais comentários/mensagens. Show de horror :(
Pois é, Matheus, como já cantavam nossos ídolos ramônicos: “next time I’ll listen to my heart, next time well I’ll be smart” :).
Apenas continue, seu trabalho continua excelente, e da ótima listinha acima achava que só eu conhecia a Laura Jane e o Against me, que é uma banda muito legal, que sempre indico para quem acha que as pessoas trans só fazem essas músicas ruins de estiloso duvidoso que tentam nos enfiar goela abaixo no Brasil - Laura é outro patamar!
Enfim, vamos que vamos e deixo uma dica caso ainda não tenha escutado, que mistura tudo: Bobby Ramone com o Rocket to Kingston, álbum que uma gravadora fez colocando o Bob Marley cantando suas letras em cima das músicas dos Ramones.
Cara, esse universo punk é distante da nossa realidade, mas está sendo muito muito interessante aprender com você (além de outros tantos aprendizados que você proporciona). Nós nos sentimos identificados com a atitude punk por termos feito mudanças radicais de carreira e de estilo de vida depois dos 40 anos e sem sermos herdeiros, ou seja, tendo que correr atrás da condição de bancar os boletos todo santo mês.
Nesse sentido, uma história que muito nos empolga é a da Cazé TV. Do nada a uma audiência que abocanha uma parte das audiência das grandes redes de televisão. O cara poderia seguir o caminho usual e ser narrador mal pago e explorado para narrar esportes que não gosta, mas escolheu “viver da sua arte”. Sensacional!
Cazé TV é meu maior exemplo dentro desse contexto atual de criação de conteúdo. O que ele construiu é bizarro – por anos será um estudo de caso nas faculdades.
belíssima edição. a insatisfação com o linkedin ecoou aqui também. cheguei a uma quantidade legal de seguidores lá, mas a ideia de criar conteúdo por lá tem me deixado com preguiça. a visão dos parasitas me parece muito correta também.
Tenho mixed feelings com o LinkedIn e com a própria situação – ao desanimarmos e largarmos a rede, a gente abre ainda mais espaço pra essa turma. Complicado. Obrigado pelo comentário, meu caro!
muito bom o texto, mano! toda a historia do nofx e do fat são muito doidas. o do it yourself levado bem a sério que chegou aonde chegou. muito visionário!
sobre a lista de possíveis próximos personagens, pode confiar que terão bem mais que 7 leitores. cada um mais curioso que o outro, principalmente o Ian, Kathleen, Jello e Tim.
Artur Miller também está me convenceu de botar pra jogo meu canal do youtube, maravilhoso ele, né? conheci hoje sua newsletter e estou achando super interessante!
eu não sou do punk, mas amei conhecer a história do Fat Mike. eu gosto demais da sua ideia!!! quero ler mais histórias como essa! e… obviamente já criei só pensando em agradar hahaha foi péssimo. acho que são meus piores conteúdos…
Esse texto conseguiu me causar uma mistura de coisas... Foi da nostalgia, passou pela revolta e no fim conseguiu ainda trazer uma "luz no fim do túnel". Assim como muita gente, já fiz bastante postagens pra buscar engajamento. Confesso que até deixei o Linkedin de lado nos últimos tempos por ter me cansado disso. Quem sabe esse post do NOFX possa servir de inspiração!
PS: adorei a listinha de personagens, talvez eu seria uma das 7 pessoas e ler os textos kkkk
E que os bons dinossauros permaneçam vivos por muitos e muitos anos na memória e lembrança coletivas, pelas suas escolhas, seus estilos de vida e, acima de tudo, pela sua essência. Se todo mundo faz igual, eu vou/devo fazer também? Não! “Você não é todo mundo”, diria a minha querida avó. Acho que a mensagem que sempre fica é: seja fiel a você mesmo, a quem você é de verdade e naquilo que realmente acredita. Vim ao mundo nos anos 80 e, embora não seja do punk (sou do rock’n roll), gostei especialmente dessa edição da news! 👏🏼🙂
A notificação chegou bem na hora que eu tava com o celular na mão e já aproveitei pra me atualizar na newsletter 💅🏾
Te contar que tenho percebido esse movimento de ser dono do próprio negócio e de ter mais liberdade artística MUITO forte com as mulheres do trap/rap nacional, como a Ebony ou Ajuliacosta — essa, inclusive, que deixa bem explícito no SET AJC 2 que não vai entrar em gravadora e vai montar a própria firma pois gangstas fazem assim (✨), além de avisar em outro som que a gravadora vai deixar você na geladeira e que é bom ficar esperta com isso.
Acho, inclusive, que a cultura hiphop anda de mãos dadas com o punk quando o assunto é colaboração e faça você mesmo. É genuinamente bacana ver artistas independentes apoiando uns aos outros porque eles têm ciência de que crescer sozinho não é sustentável pro todo.
Quando eu tava no início da vida adulta acho que ligava mais pra engajamento, likes e afins do que agora. Hoje, só quero postar foto de coruja no Instagram, ir pra Floripa (dessa vez pra morar) e tentar ver se arranjo o privilégio de sumir no meio do mato caso os planos de “dar certo” que ainda não sei quais são deem certo de verdade. Pensando em empreender mais do que antes, ainda não sei como, nem sei se suportaria a ansiedade de não ter uma renda fixa, mas aí só arriscando esse caminho das pedras mesmo pra dizer…
Obrigada pelo texto 💐🤌🏾💖
Ah, que massa o seu comentário, Eduarda. Legal saber que isso tem rolado também no trap/rap nacional – não é algo que eu acompanhe, mas faz sentido justamente por conta do que você falou sobre os gêneros andarem de mãos dadas; em ambos os casos os artistas, geralmente, vêm da periferia, da classe trabalhadora.
Muito obrigado pela contribuição!
eu quase não abro o linkedin… tenho a impressão de que lá é o instagram da vida corporativa perfeita.
É por aí haha. Obrigado pelo comentário, Pedro!
Aproveitando o texto e o tema de DIY, gostaria de recomendar dar uma pesquisada no músico mineiro e fundador da banda Lupe de Lupe: Vitor Brauer. É um dos artistas que mais fazem o rolê DIY acontecer de fato. Ele tem vários projetos, nenhum grande, mas consegue colocar todos pra tocar, fazer turnê pelo Brasil inteiro, mesmo que isso signifique viajar em um carro popular cortando o país. Além de, claro, ter uma base muito forte de fãs. Agora ele está em um projeto no qual ele irá morar por pelo menos 4 messes em cada capital do Brasil, e então gravar um disco para cada capital. Até agora ele já morou/lançou Maceió, RJ e Goiânia.
Opa! Muito obrigado pela dica, Gabriel. Não conhecia o trabalho dele. Massa demais a história do Vitor. Obrigado por compartilhar!
Respondendo ao call to action: fiz um post no LinkedIn uma vez pensando em alcance. Tinha uma imagem impactante, uma opinião polêmica e história de vida. Nada de lição de moral, só empacotei o que eu achava de um jeito que tinha "appeal". Resultado: viralizou e eu passei as duas semanas seguintes escrava de responder comentários e DMs, além da ansiedade de ficar checando o LinkedIn (que eu detesto) a cada 10 min pra ver se tinha mais comentários/mensagens. Show de horror :(
Puts, ainda tem isso, né? A gente acaba ficando escravo do post.
Obrigado pelo comentário, Lili!
Pois é, Matheus, como já cantavam nossos ídolos ramônicos: “next time I’ll listen to my heart, next time well I’ll be smart” :).
Apenas continue, seu trabalho continua excelente, e da ótima listinha acima achava que só eu conhecia a Laura Jane e o Against me, que é uma banda muito legal, que sempre indico para quem acha que as pessoas trans só fazem essas músicas ruins de estiloso duvidoso que tentam nos enfiar goela abaixo no Brasil - Laura é outro patamar!
Enfim, vamos que vamos e deixo uma dica caso ainda não tenha escutado, que mistura tudo: Bobby Ramone com o Rocket to Kingston, álbum que uma gravadora fez colocando o Bob Marley cantando suas letras em cima das músicas dos Ramones.
Abração! 🤘🏻
Against Me! é muito bom mesmo.
E, cara, nunca tinha ouvido. Obrigado pela dica e grande abraço!
Cara, esse universo punk é distante da nossa realidade, mas está sendo muito muito interessante aprender com você (além de outros tantos aprendizados que você proporciona). Nós nos sentimos identificados com a atitude punk por termos feito mudanças radicais de carreira e de estilo de vida depois dos 40 anos e sem sermos herdeiros, ou seja, tendo que correr atrás da condição de bancar os boletos todo santo mês.
Nesse sentido, uma história que muito nos empolga é a da Cazé TV. Do nada a uma audiência que abocanha uma parte das audiência das grandes redes de televisão. O cara poderia seguir o caminho usual e ser narrador mal pago e explorado para narrar esportes que não gosta, mas escolheu “viver da sua arte”. Sensacional!
Que os dinossauros se f*d@m! 🤘🏿
Cazé TV é meu maior exemplo dentro desse contexto atual de criação de conteúdo. O que ele construiu é bizarro – por anos será um estudo de caso nas faculdades.
Muito obrigado pelo comentário! 🤟
Cara, tenho curtido muito tudo o que tu escreve, mas esse aqui particularmente fez mais sentido do que todo o resto. Punks not dead!
Opa! Feliz em saber isso, Pablo. Muito obrigado pelo comentário e grande abraço!
belíssima edição. a insatisfação com o linkedin ecoou aqui também. cheguei a uma quantidade legal de seguidores lá, mas a ideia de criar conteúdo por lá tem me deixado com preguiça. a visão dos parasitas me parece muito correta também.
Tenho mixed feelings com o LinkedIn e com a própria situação – ao desanimarmos e largarmos a rede, a gente abre ainda mais espaço pra essa turma. Complicado. Obrigado pelo comentário, meu caro!
Obrigado pela indicação seu lindo ♡
Imagina! Seu conteúdo é bom demais. Aliás, obrigado pela citação no vídeo!
muito bom o texto, mano! toda a historia do nofx e do fat são muito doidas. o do it yourself levado bem a sério que chegou aonde chegou. muito visionário!
sobre a lista de possíveis próximos personagens, pode confiar que terão bem mais que 7 leitores. cada um mais curioso que o outro, principalmente o Ian, Kathleen, Jello e Tim.
ah... sobre o livro, tem a versão BR que saiu pela hs merch tbm (https://www.hsmerch.com/nofx-na-banheira-com-hepatite-e-outras-historias-livro.html).
Pô, feliz que curtiu, Rodrigo. Obrigado pelo comentário e pelo link da versão BR!
Artur Miller também está me convenceu de botar pra jogo meu canal do youtube, maravilhoso ele, né? conheci hoje sua newsletter e estou achando super interessante!
Ah, que massa, Téia! Eu tô viciado nos vídeos dele haha. Muito obrigado pelo comentário! Seja bem-vinda!
eu não sou do punk, mas amei conhecer a história do Fat Mike. eu gosto demais da sua ideia!!! quero ler mais histórias como essa! e… obviamente já criei só pensando em agradar hahaha foi péssimo. acho que são meus piores conteúdos…
Que bom que curtiu, Yna! Muito obrigado pelo comentário!
Esse texto conseguiu me causar uma mistura de coisas... Foi da nostalgia, passou pela revolta e no fim conseguiu ainda trazer uma "luz no fim do túnel". Assim como muita gente, já fiz bastante postagens pra buscar engajamento. Confesso que até deixei o Linkedin de lado nos últimos tempos por ter me cansado disso. Quem sabe esse post do NOFX possa servir de inspiração!
PS: adorei a listinha de personagens, talvez eu seria uma das 7 pessoas e ler os textos kkkk
Haha boa, Carolina! Feliz em saber isso. Muito obrigado pelo comentário!
E que os bons dinossauros permaneçam vivos por muitos e muitos anos na memória e lembrança coletivas, pelas suas escolhas, seus estilos de vida e, acima de tudo, pela sua essência. Se todo mundo faz igual, eu vou/devo fazer também? Não! “Você não é todo mundo”, diria a minha querida avó. Acho que a mensagem que sempre fica é: seja fiel a você mesmo, a quem você é de verdade e naquilo que realmente acredita. Vim ao mundo nos anos 80 e, embora não seja do punk (sou do rock’n roll), gostei especialmente dessa edição da news! 👏🏼🙂
Boa, Pauliny! Adorei o seu comentário. Muito obrigado pela contribuição!